Carros voadores, robôs substituindo humanos, luzes que acendem por comando de voz; estamos vivendo nesse universo, pelo menos parcialmente.
A casa moderna, auto suficiente que vemos no filme ‘Meu Tio’ (1958) ou qualquer episódio dos Jetsons, já é realidade há alguns anos. Se considerarmos as portas automáticas em shoppings, portões com sensor de garagem e sistemas, de alarme, a semelhança é grande.
As medidas de segurança que os países estão sendo obrigados a tomar após serem pegos de surpresa pela COVID-19 nos fazem repensar os ambientes coletivos, incluindo as casas.
Se portas e janelas controladas remotamente já eram uma realidade, num futuro breve elas podem ocupar o lugar de necessidade, diminuindo cada vez mais o contato humano com os objetos ao seu redor.
O atual cenário indica que o contato com superfícies deve ser restringido em grande escala no futuro, aumentando a demanda pela automação desses dispositivos e um aumento na importância da segurança das informações contidas nos smartphones de cada pessoa.
Para ter a sensação de estar em uma casa futurista em 2020, são necessários dois aparelhos, que hoje em dia já podem ser comprados com muita facilidade em lojas de tecnologia e pela internet.
Assistentes virtuais
Também conhecidos como inteligências artificiais ou assistentes pessoais, a que mais tem conquistado as pessoas e o mercado é a Alexa, desenvolvida pela gigante Amazon.
Funcionando através de controles de voz, o gadget permite realizar diversas funções com apenas algumas palavras, e pode ser configurado de acordo com a necessidade de cada pessoa.
O nome inteligência não é a toa, pois o sistema aprende com o usuário com o passar do tempo e passa a sugerir informações, produtos e ações com base na rotina do seu dono.
Smartplug
Se você já tem uma inteligência artificial na sua casa, como a Alexa, não vai ser necessário gastar dinheiro comprando aparelhos absurdamente caros simplesmente por também serem inteligentes.
Para isso, existem os smartplugs, ou tomadas inteligentes. Depois de uma breve configuração, é só aproveitar a sua vida sem botões:
- Conecte o smartplug em uma tomada;
- Ligue o aparelho desejado na entrada de energia;
- Configure o aplicativo de controle de acordo com o fabricante;
- Faça o pareamento com o seu assistente virtual;
- Configure nome e tipos de comando de voz;
- Seu dispositivo está pronto para uso.
Como a configuração é toda feita através de um smartphone, você tem total controle sobre quais dispositivos podem ser acessados, além de poder renomeá-los e mudá-los de lugar quando quiser.
Eletrodomésticos
Sabe aquela sensação de sair do banho de manhã sentindo o cheiro de café fresco pela casa?
A cafeteira é só uma das opções de eletrodomésticos que podem ser controlados via inteligência artificial, usando os comandos de voz pré-configurados.
Ar-condicionado, ventilador, microondas. Tudo pode ser sincronizado em uma única central, que fica acessível pelo seu smartphone.
Além disso, aparelhos como TVs também podem ser inclusos e controlados remotamente, apenas com a voz.
Trilha Sonora
Essa não é novidade, mas continua valendo como uma das funções mais legais que podem ser controladas pela Alexa ou qualquer outro assistente virtual que você utilize.
É possível conectar com aplicativos de streaming, como Spotify, YouTube Music ou Apple Music, e controlar o que toca na sua casa- incluindo o volume e transição entre faixas – apenas pedindo para o assistente. É quase como ter um DJ pessoal.
Fechaduras e alarmes
Se uma das principais propostas das casas conectadas é que as pessoas não tenham que se preocupar com objetos e afins, as chaves entram na lista.
Muitas empresas de segurança já adotam sistemas na nuvem que permitem o monitoramento de câmeras e até mesmo o status de portas e janelas com trancas automáticas.
Atualmente no mercado é fácil de encontrar fechaduras que utilizam um smartphone credenciado para abrir e trancar portas ao invés do uso de chaves.
Mas é seguro?
A grande parte dos celulares intermediários e premium hoje utilizam leitura de digital ou Face ID para desbloquearem funções do aparelho. Para abrir uma dessas fechaduras, o sistema pode optar por solicitar a digital do dono através do smartphone.
Por serem digitais, essas funcionalidades ainda dependem de uma infraestrutura de energia e conexão que nem sempre vão estar disponíveis.
Uma queda de energia no prédio, por exemplo, pode tornar inviável o desbloqueio remoto.
Aplicação prática
Na teoria, uma casa conectada que pode ser parcial ou totalmente controlada por um smartphone em mãos é uma ideia fantástica. Na prática, embora muitas tecnologias já estejam em uso, ainda falta mercado.
Se usarmos o Brasil como exemplo, as conexões de internet banda larga ainda sofrem com instabilidades e nem sempre a velocidade contratada corresponde com o recebido.
Essas tecnologias dependem de uma conexão estável, que mantenha a comunicação em tempo integral, como forma de manter a própria segurança de quem está dentro da casa.
Outra questão é o consumo de energia. Mesmo que alguns aparelhos hoje sejam desenvolvidos consumindo bem menos energia que antigamente, o volume de muitos aparelhos conectados ao mesmo tempo pode demandar um gasto maior de eletricidade.
O último aspecto é o acesso a essa tecnologia. Se para muitos eles são considerados acessíveis, para outros – e de novo, no Brasil mais de 40 milhões de pessoas ainda não tem sequer acesso à internet (Fonte: IBGE) – essa é uma realidade bem distante.
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